Igreja crescer ou amadurecer? Uma dicussão que é nossa.
Em tempos de bombardeios em relação ao crescimento da Igreja onde todos questionam principalmente a IPB e seu crescimento vejo textos como esse abaixo e me pergunto se de fato nosso preocupação está correta ou se não é apenas convenção ao momento corrente. O que vocês acham? Abaixo o artigo do Robinson Cavalcanti
Filhos ou Netos de Deus?
“Porque sois filhos de Deus, pela fé em Cristo Jesus”
Nos meios evangélicos brasileiros já está em uso, logicamente, a distinção entre jovens crentes e filhos de crentes. Esses últimos, embora nascidos em lares evangélicos, e – dependendo de sua denominação – batizados, nem por isso são considerados cristão. São filhos de filhos de Deus, ou netos de Deus. Afirmava um pastor colombiano que conheci: “Deus não possui outro tipo de parentesco; ou se é filho de Deus, ou não se é nada. Não se recebe a Cristo por osmose, mas por conversão.”
Numa mesa-redonda de que participei em Caxambu, subordinada ao tema: “Por que os jovens estão saindo da igreja?” (posteriormente publicada pela revista Mundo Cristão), destacou-se a opinião de um estudante universitário de Campinas: “Muitos moços entram na igreja pela porta da frente e saem pela de trás, porque não recebem educação cristã.” Na realidade falta a muitas igrejas e famílias evangélicas a preocupação de ministrar a seus filhos um conhecimento sólido das doutrinas fundamentais da fé evangélicas: o que cremos, e porque somos o que somos.
Reconhecemos, porém, que encontramos muitos jovens com formação cristã que os capacita apenas a um conhecimento intelectual do Cristianismo e ao uso do vocabulário cristão um verniz religioso. Mas não é a formação nem a filiação que faz um cristão, ma sim a transformação. A tradição da família e do grupo, os bons livros, a lavagem cerebral, o condicionamento social e psicológico não fazem filhos; geram netos de Deus. Quando saem do ambiente, quando mudam de grupo ou quando recebem o impacto de idéias novas, era uma vez o filho-de-crente. Muitos até andam loucos à procura de uma ideiazinha nova que siva de ampara para “cair fora da jogada”. E os pais a arrancar os cabelos: os meninos está perdendo a fé. Na verdade o filhinho querido jamais teve fé.
Os pais cristãos, mesmo cumprindo suas obrigações de doutrinar, de fazer estudo bíblico, de levar à igreja, etc., devem ser estar preparados para a possibilidade de alguém de seus filhos não seguir a fé.
Necessitamos de uma geração de jovens crentes preparada intelectual e espiritualmente para continuar a luta, para receber o legado de seus maiores, das heróicas gerações que nos antecederam. Que o aburguesamento e a afluência das denominações históricas não leve a uma geração de indigentes espirituais. O piro é que muitos netos permanecem na igreja para, através de ginástica teológica, tentar perverter a fé simples “uma vez dada aos santos”, e servir de empecilho e escândalo para os novos que buscam um encontro com Cristo.
É preciso uma decisão autêntica. É melhor que as igrejas fiquem vazias a templos cheios de gente vazia. Que as igrejas evangélicas ensinem a história e as doutrinas do Cristianismo reformado. Que seja dada uma ênfase a um momento devocional a sós com Deus, diariamente; que os crentes adorem e comunguem com Cristo. Que se restaurem os grupos de estudo bíblico, para complementar o ensino da Escola Dominical. Que os pastores permaneçam na sã doutrina, e não deixem levar pelos “cantos de sereia” do populismo e outros ismos. Que preguem que Cristo é Salvador e também Senhor. Que fé e obediência caminhem juntas no discipulado.
E pela fé em Cristo Jesus, afirma o apóstolo, que somos feitos filhos de Deus. Você, leitor, já é filho ou ainda permanece como neto?
Extraído do livro Cristão, esse chato. De Robinson Cavalcanti bispo da Diocese Anglicana do Recife, cientista político e autor de, entre outros, Cristianismo e Política: teoria bíblica e prática histórica (Ultimato) e Uma benção chamada sexo (GW Editora)
Filhos ou Netos de Deus?
“Porque sois filhos de Deus, pela fé em Cristo Jesus”
Nos meios evangélicos brasileiros já está em uso, logicamente, a distinção entre jovens crentes e filhos de crentes. Esses últimos, embora nascidos em lares evangélicos, e – dependendo de sua denominação – batizados, nem por isso são considerados cristão. São filhos de filhos de Deus, ou netos de Deus. Afirmava um pastor colombiano que conheci: “Deus não possui outro tipo de parentesco; ou se é filho de Deus, ou não se é nada. Não se recebe a Cristo por osmose, mas por conversão.”
Numa mesa-redonda de que participei em Caxambu, subordinada ao tema: “Por que os jovens estão saindo da igreja?” (posteriormente publicada pela revista Mundo Cristão), destacou-se a opinião de um estudante universitário de Campinas: “Muitos moços entram na igreja pela porta da frente e saem pela de trás, porque não recebem educação cristã.” Na realidade falta a muitas igrejas e famílias evangélicas a preocupação de ministrar a seus filhos um conhecimento sólido das doutrinas fundamentais da fé evangélicas: o que cremos, e porque somos o que somos.
Reconhecemos, porém, que encontramos muitos jovens com formação cristã que os capacita apenas a um conhecimento intelectual do Cristianismo e ao uso do vocabulário cristão um verniz religioso. Mas não é a formação nem a filiação que faz um cristão, ma sim a transformação. A tradição da família e do grupo, os bons livros, a lavagem cerebral, o condicionamento social e psicológico não fazem filhos; geram netos de Deus. Quando saem do ambiente, quando mudam de grupo ou quando recebem o impacto de idéias novas, era uma vez o filho-de-crente. Muitos até andam loucos à procura de uma ideiazinha nova que siva de ampara para “cair fora da jogada”. E os pais a arrancar os cabelos: os meninos está perdendo a fé. Na verdade o filhinho querido jamais teve fé.
Os pais cristãos, mesmo cumprindo suas obrigações de doutrinar, de fazer estudo bíblico, de levar à igreja, etc., devem ser estar preparados para a possibilidade de alguém de seus filhos não seguir a fé.
Necessitamos de uma geração de jovens crentes preparada intelectual e espiritualmente para continuar a luta, para receber o legado de seus maiores, das heróicas gerações que nos antecederam. Que o aburguesamento e a afluência das denominações históricas não leve a uma geração de indigentes espirituais. O piro é que muitos netos permanecem na igreja para, através de ginástica teológica, tentar perverter a fé simples “uma vez dada aos santos”, e servir de empecilho e escândalo para os novos que buscam um encontro com Cristo.
É preciso uma decisão autêntica. É melhor que as igrejas fiquem vazias a templos cheios de gente vazia. Que as igrejas evangélicas ensinem a história e as doutrinas do Cristianismo reformado. Que seja dada uma ênfase a um momento devocional a sós com Deus, diariamente; que os crentes adorem e comunguem com Cristo. Que se restaurem os grupos de estudo bíblico, para complementar o ensino da Escola Dominical. Que os pastores permaneçam na sã doutrina, e não deixem levar pelos “cantos de sereia” do populismo e outros ismos. Que preguem que Cristo é Salvador e também Senhor. Que fé e obediência caminhem juntas no discipulado.
E pela fé em Cristo Jesus, afirma o apóstolo, que somos feitos filhos de Deus. Você, leitor, já é filho ou ainda permanece como neto?
Extraído do livro Cristão, esse chato. De Robinson Cavalcanti bispo da Diocese Anglicana do Recife, cientista político e autor de, entre outros, Cristianismo e Política: teoria bíblica e prática histórica (Ultimato) e Uma benção chamada sexo (GW Editora)

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